Publicado um Dicionário de Erros Frequentes da Língua

O Dicionário de Erros Frequentes da Língua é o resultado de um trabalho de recolha desenvolvido ao longo de doze anos por Manuel Monteiro e visa corrigir os erros mais frequentes de quem fala português. Um dicionário de todas as perguntas mais frequentes da língua portuguesa, a maior parte das quais não encontra resposta em gramáticas nem em qualquer livro que diga respeito à língua oficial de nove países e falada por mais de 220 milhões de pessoas.

Lançada este ano na Feira do Livro de Lisboa, esta obra não pretende ser um livro de consulta, mas sim um livro para ser lido de uma ponta à outra, sem pausas.

O sucesso de Dicionário de Erros Frequentes da Língua foi quase imediato. À tiragem inicial de dois mil exemplares, seguiu-se uma segunda, logo no mês seguinte. A edição esgotou-se em dias.

Manuel Monteiro nasceu em 1978. É formador profissional de Revisão de Textos. Exerce o ofício de revisor desde 2004, trabalho que acumula com a formação profissional, o jornalismo e a escrita de ficção.

Alguns exemplos de erros muito comuns:

Atazanar: O verbo mais correto é “atenazar” e não “atazanar” (ou ainda “atanazar”). Apesar de “atazanar” já se encontrar em alguns dicionários, Manuel Monteiro considera que o verbo “mais fiel ao étimo” é “atenazar”, que significa apertar com uma tenaz e, por extensão do sentido, afligir, atormentar ou angustiar.

Catrapázio: A palavra certa é “cartapácio”, que significa uma carta ou uma mensagem muito grande. Em sentido figurado, o termo pode ainda ser usado para descrever um livro ou material de leitura volumoso e muito aborrecido.

Mal e porcamente: A expressão original é “mal e parcamente”, e não “mal e porcamente”.

Pelos vistos: A expressão correta é “pelo visto”, sendo que “visto” é o particípio passado do verbo “ver”. Assim, “pelo visto” é sinónimo de “pelo observado” ou “pelo verificado”, também particípios passados.

Piar fino: “Fiar fino”, “fiar mais fino” ou “fiar muito fino” — e não “piar fino”. Herberto Helder, em A Morte Sem Mestre, diz “que ele próprio ia pagar com a vida por essas outras razões, mas que logo ressuscitaria e depois é que todos veriam como tudo ia fiar mais fino“.

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