Nova edição de “Clepsidra” assinala nascimento de Pessanha

Uma nova edição da tradução de “Clepsidra” para chinês, da autoria de Yao Jingming, exposições de pintura e fotografia e conferências no edifício do antigo tribunal marcaram as comemorações dos 150 anos do nascimento de Camilo Pessanha.

Considerado o expoente máximo do simbolismo em língua portuguesa, Camilo Pessanha nasceu em Coimbra a 7 de setembro de 1867 e morreu em Macau a 1 de março de 1926, cidade onde viveu desde 1894.

Yao Jingming, que entre outros autores portugueses já traduziu Fernando Pessoa ou Eugénio de Andrade, sublinhou a “tarefa árdua” de verter para o chinês Pessanha, que “não é tão conhecido na China como Fernando Pessoa”.

“Traduzir a poesia de Camilo Pessanha foi muito difícil. Tem muitos efeitos musicais e duplicidade de sentidos na linguagem”, afirmou.

O tradutor acrescentou ainda que “Camilo é um exemplo para todos nós. Nós chineses temos de aprender mais português e os portugueses têm de aprender mais a língua chinesa”, observando que “Macau tem condições para formar talentos bilingues”.

Na sala do antigo tribunal onde decorreu o lançamento da nova edição de “Clepsidra”, esteve também patente uma exposição sobre a vida do autor no Oriente.

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