7 idiomas que vão dominar o futuro
É sabido que o inglês se tornou a língua franca do mundo atual – por razões históricas, económicas e políticas, e também devido à sua acessibilidade. No entanto, o crescimento de algumas populações e economias fora do eixo Estados Unidos / Europa, o aumento dos fluxos imigratórios e a facilidade de comunicação através da Internet e tecnologias digitais tem vindo a alterar o panorama linguístico. O inglês continua a crescer e continuará a ser essencial no futuro próximo, mas poderá ter uma posição menos dominante à medida que outras línguas ganham importância – esta é uma realidade que todos os prestadores de serviços de tradução deverão ter em conta.
É pelo menos isto que indicam os relatórios recentes emitidos por instituições como o British Council, o ICEF, ou a ONU. Os dados revelados indicam uma tendência clara: o espanhol e as línguas asiáticas marcarão uma presença inevitável.
Apesar da quantidade de fatores e dados envolvidos e de ser sempre difícil prever o futuro, tudo indica que nas próximas décadas estes serão os idiomas mais importantes:
1. Inglês
Número de falantes nativos: 378 milhões
Número total de falantes: 1 348 mil milhões
Praticamente omnipresente nos setores do comércio, diplomacia, ciência e novas tecnologias, cultura e nos media em geral, pode-se considerar que o inglês é hoje um idioma verdadeiramente global. O número de falantes desta língua duplicou nos últimos 100 anos e continua a ter um crescimento constante. Hoje em dia, é um idioma essencial em qualquer situação profissional – especialmente para tradutores!
2. Mandarim
Número de falantes nativos: 920 milhões
Número total de falantes: 1 120 mil milhões
O gigantesco crescimento populacional da China e o seu poder económico global são razões mais do que suficientes para garantir que o Mandarim, a principal língua do país, tenha um lugar no pódio durante as próximas décadas, apesar de ser uma língua extremamente complexa e relativamente pouco falada fora do país. No entanto, a posição da China como gigante económico e político (a título de exemplo, 50% das transações globais de comércio eletrónico envolvem a China) é razão mais do que suficiente para que se torne uma língua essencial no comércio e nos setores das finanças e da tecnologia.
3. Espanhol
Número de falantes nativos: 463 milhões
Número total de falantes: 543 milhões
Para além da sua posição de língua oficial em Espanha e na maioria da América Latina, o espanhol (ou castelhano) tem vindo a ganhar importância crescente nos Estados Unidos (de acordo com as estatísticas, o número de falantes de espanhol neste país “explodiu” de 11 milhões para 41 milhões entre 1980 e 2015). O crescimento populacional na América do Sul e a implantação do espanhol na maior economia do mundo têm sido fatores de crescimento essenciais.
4. Hindi
Número de falantes nativos: 342 milhões
Número total de falantes: 637 milhões
Apesar da diversidade linguística da Índia, o Hindi impôs-se como uma língua comum entre as suas diferentes regiões. A forte emigração de comunidades indianas para todos os cantos do mundo e o crescimento exponencial da população e da economia daquele país irão contribuir para que se torne um idioma essencial a nível global no futuro próximo.
5. Árabe
Número de falantes nativos: 274 milhões
Número total de falantes: 422 milhões
Em crescimento a nível global devido à importância económica dos países do Médio Oriente, produtores de petróleo, e seu estatuto cultural nas populações onde predomina a religião muçulmana.
6. Português
Número de falantes nativos: 220 milhões
Número total de falantes: 270 milhões
O crescimento recente do Brasil (é atualmente a maior economia da América do Sul), bem como a importância dos países lusófonos em África e a posição de Portugal como país da União Europeia tem contribuído para um número crescente de interessados em aprender a língua portuguesa, por razões profissionais e também culturais.
7. Francês
Número de falantes nativos: 76 milhões
Número total de falantes: 277 milhões
Apesar de um recuo nas últimas décadas, continua a ser uma língua importante em países do Norte de África (Argélia, Marrocos, Tunísia) da África Subsaariana (Congo, Guiné, Guiné Equatorial, Burundi e Chade, em crescimento económico rápido), sendo ainda a segunda língua oficial do Canadá. Também se mantém importante no setor diplomático, com estatuto de língua oficial das Nações Unidas.