A PRIMEIRA LÍNGUA: OS AFETOS

Ramon Jakobson (1896‒1982), um dos mais importantes linguistas do século XX e pioneiro da análise estrutural da linguagem, aproximou, pela primeira vez de uma forma científica, os rudimentos do processo de aprendizagem da fala da apreensão pelos sentidos da carga emocional inerente aos próprios vocábulos.

No seu conceito de “termos universais” Jakobson demonstra que para um bebé o estímulo provocado pela articulação de vogais abertas é muito mais facilmente apreendido pelo recém-nascido, produzindo sobre ele um efeito quase mnemónico e ajudando-o a fazer uma das primeiras pontes entre um som e um afeto.

De facto, está amplamente demonstrado que o significado que atribuímos às palavras está diretamente ligado com o tipo de emoções que sentimos ao escutá-las ou pronunciá-las, assim como ao tom que imprimimos à dicção e a música que é interior às próprias palavras. Revelador desta importância está o facto de que, em quase todas as línguas, as duas palavras, “mamã” e “papá”, sejam dois dos termos que menos precisam de tradução, ainda que a transposição para um outro idioma possa acarretar alguma perda dessa tão pessoal e intransmissível carga emocional.

Apoiados em mais de 30 anos de experiência e dedicação, procuramos na Traductanet, através de todos os serviços de tradução/interpretação que colocamos à disposição dos nossos clientes, que a língua com que nomeiam os seus afetos seja tão universal quanto o sentimento que lhes deu forma.

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