Bonecos de Estremoz são Património Cultural Imaterial da UNESCO

A UNESCO classificou como Património Cultural Imaterial da Humanidade a produção dos "Bonecos de Estremoz" em barro, uma arte popular com mais de três séculos.

A classificação da "Produção de Figurado em Barro de Estremoz", vulgarmente conhecida como "Bonecos de Estremoz", foi decidida na 12.ª Reunião do Comité Intergovernamental da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura para Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, que decorreu na Ilha Jeju, na Coreia do Sul.

A decisão foi bastante celebrada pela comitiva portuguesa que durante os festejos exibiu exemplares de "Bonecos de Estremoz".

Presente na sessão, o embaixador de Portugal na Coreia do Sul, Manuel Gonçalves de Jesus, mostrou-se "bastante satisfeito" com o reconhecimento da UNESCO.

O diplomata saudou ainda os responsáveis da candidatura portuguesa, principalmente os artesãos que produzem os "Bonecos de Estremoz".

Na área de Património Cultural e Imaterial da Humanidade estavam inicialmente a concorrer 49 candidaturas, das quais 35 foram aprovadas, tendo no final recolhido parecer negativo 11.

Os "Bonecos de Estremoz" pertencem a uma arte de carácter popular, com mais de 300 anos de história, tendo sido o primeiro figurado do mundo a merecer a distinção de Património Cultural Imaterial da Humanidade, na sequência da candidatura apresentada pela Câmara Municipal de Estremoz, no distrito de Évora.

Com mais de uma centena de figuras diferentes inventariadas, a arte, a que se dedicam vários artesãos do concelho, consiste na modelação de uma figura em barro cozido, policromado e realizada manualmente, segundo uma técnica com origem pelo menos no século XVII.

Em Estremoz, trabalham atualmente nesta arte emblemática Afonso e Matilde Ginja, Célia Freitas, Duarte Catela, Fátima Estróia, Irmãs Flores, Isabel Pires, Jorge da Conceição, Miguel Gomes e Ricardo Fonseca

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