Prémio Camões atribuído a Raduan Nassar

O Prémio Camões foi este ano atribuído ao escritor brasileiro Raduan Nassar, um autor que “cruza culturas”, nas palavras de Ana Paula Laborinho, presidente do Instituto Camões.

Descendente de libaneses, Raduan Nassar estreou-se em 1975 com “Lavoura arcaica”, que foi adaptada ao cinema, assim como a novela que se seguiu. A Cotovia publicou em Portugal a coletânea de contos “Menina a caminho”, de 1997, e a Relógio d’Água estreou o autor no mercado livreiro português, em 1979, com a sua primeira novela.

O júri, que atribuiu o prémio por unanimidade a Raduan Nassar, de 80 anos, disse que o autor “revela, no universo da sua obra, a complexidade das relações humanas em planos dificilmente acessíveis a outros modos do discurso”.

Raduan Nassar nasceu em Pindorama, Estado de São Paulo, em 1935, descende de uma família libanesa, estudou Direito e Letras na Universidade de São Paulo, onde concluiu a sua formação académica em Filosofia.

A editora Cotovia, que publicou o autor, em Portugal, considera-o “um dos maiores escritores das letras brasileiras, originalíssimo autor de uma obra muito reduzida e depurada”.

O Prémio Camões, no valor de 100 mil euros, foi instituído por Portugal e pelo Brasil em 1988, e atribuído pela primeira vez em 1989, ao escritor Miguel Torga (1907-1995). No ano passado, foi distinguida a escritora portuguesa Hélia Correia.

 

Imagem: Antonio Cruz/Agência Brasil/wikimedia commons

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